Plano Safra 2025/2026: crescimento no crédito rural esbarra em juros elevados

🌾 No dia 1º de julho de 2025, o Governo Federal anunciou oficialmente o Plano Safra 2025/2026, estabelecendo diretrizes e condições para o crédito rural. Serão, no total, R$ 516,2 bilhões, dentre os quais R$ 414,7 bilhões serão destinados às linhas de custeio e comercialização e R$ 101,5 bilhões para investimento.
Destaca-se a ampliação do teto de renda anual para enquadramento no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, que passou de R$ 3 milhões para 3,5 milhões. As taxas de juros ofertadas pelo Pronamp serão de 10% para créditos de custeio e investimento.
No total, serão liberados R$ 69,1 bilhões destinados ao Pronamp, e R$ 447 bilhões aos demais produtores e cooperativas. Além disso, foi destacado o incentivo à sustentabilidade na produção, com taxas de juros reduzidas para produtores que adotarem práticas sustentáveis.
O Plano instituiu as seguintes taxas de juros para os programas de investimento:
▪️Moderfrota: 13,5%
▪️Moderfrota Pronamp: 12,5%
▪️RenovAgro e PCA: 10%
▪️Inovagro, Proirriga e Investimento Empresarial: 12,5%
▪️RenovAgro Ambiental e Recuperação/Conversão de Pastagens: 8,5%
▪️Procap Agro: 13,5%
Em que pese o Plano Safra 2025/2026 apresente um valor nominal superior à safra passada, o impacto positivo não ocorre na prática, uma vez que as taxas de juros permanecem elevadas, em reflexo à alta da taxa Selic que alcança o percentual de 15%, comprometendo a viabilidade econômica de muitas lavouras diante de um cenário de custos altos e queda nos preços das commodities.
🔍 Fonte: gov.br
✍️ Por: Marianna Carpes Corrêa OAB/RS 135.616 - Núcleo Agrário